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Quem sou? De onde vim e para onde vou?

  • Foto do escritor: Ana Lugh
    Ana Lugh
  • 8 de dez. de 2021
  • 6 min de leitura

Atualizado: 9 de dez. de 2021

Nesta existência sou Ana, uma mulher de 46 anos, aquariana com ascendente em peixes, lua em aquário e Sagitário no meio do céu. Meu mapa astral é uma grande onda e diz a astrologia que tenho uma forte alma cigana.


Meu propósito nesta vida esta muito alinhado com meu propósito de alma.


No silêncio de minha essência me encontro e é lá que busco todas as minhas medicinas. Quando me fecho, me observo, me sinto, me vejo.


Sou filha, irmã, amiga, esposa, namorada, companheira, mãe e sem dúvida esta é uma das coisas que mais amo e valorizo, a experiencia única que é ser mãe. Ser mãe me ensinou a ser filha, a valorizar os momentos em família e a querer construir um mundo melhor.

Com minha filha aprendi que o exemplo ensina muito mais do que as palavras. Com ela descobri que sou uma eterna aprendiz da vida, quando acho que sei algo, vejo que no fundo não sei nada, estou sempre aprendendo.

Sou deslumbrada com o mundo, com a vida, com as novidades, com as cores, com as pessoas, com os cheiros, com os sabores.


Minha alma precisa voar, mas sempre muito conectada em onde pousar.


Amo conhecer novas culturas, novas pessoas, novos lugares. Adoro a idéia de estar onde poucos estiveram, adoro ouvir as histórias contadas por quem as viveu, gosto de sentir, de rir, de chorar, gosto de emoções, sejam elas fortes ou fracas. Amo viver.


Vivo a eterna busca de me conhecer melhor, de conhecer lugares, de conhecer pessoas e de aprender com cada uma delas.



Com Guima, meu marido, companheiro, namorado e alma gêmea, aprendi a aflorar coisas de minha natureza mais profunda, aprendi a me deliciar com os pequenos prazeres da vida e a valorizar as coisas simples como a luz do sol e suas diferentes intensidades nos diferentes lugares do mundo.


Mochileira de plantão, aprendi a viajar levando pouca coisa na bagagem nas costas e voltar trazendo muita coisa no coração.


Com meu pai aprendi algo que me direciona sempre que estou em uma encruzilhada, um velho ditado que ele adora " Agente só leva da vida, a vida que agente leva". Ditado esse que virou letra de música e que guia muitas de minhas decisões.


Com minha mãe aprendi a falar, e aprendi que na sabedoria da fala existe uma magia, esta magia está em como e quando você aborda determinado assunto para que ele seja bem recebido e interpretado por aquele que ouve. Com ela também aprendi que a força de vontade é o que nos move, não existe lugar impossível, existe determinação, planejamento e garra para te levar até lá.



Nesta minha jornada, estive em diferentes lugares do mundo, conheci diferentes religiões e me identifico e me encanto com cada uma delas.

Já chorei ao assistir uma missa em latim, na Itália. Já rezei na mesquita Azul na Turquia. Já me surpreendi no Marrocos ao presenciar o sacrifício de carneiro em uma noite religiosa. Conheci o candomblé no Brasil, fui ao pai de santo, ao terreiro, tomei passe no centro espírita de mesa branca. Meditei com os monges no Laos. Participei da festa de Shiva na Índia e conheci a devoção dos indianos e seus infinitos deuses.



Visitei o templo de Zeus na Grécia, o Buda dourado na Tailândia, o Túmulo de Jesus na Caximira, encontrei Dalai Lama na Índia, visitei os Glaciais na Cordilheira dos Andes, o Templo de Angkor Wat no Camboja ( a maior estrutura religiosa já construída e um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo). Fiz trekking no Nepal. Visitei as vinícolas na Argentina, as praias paradisíacas do Caribe, o edifício mais alto do mundo em Dubai. Andei de barco no rio Mekong no Vietnã.



Andei de elefante na Tailândia, de camelo no deserto do Saara, de moto no Vietnã, de scooter na Itália, de gôndola em Veneza, de riquixás na Índia, de catamarã na Grécia, a pé na cordilheira do Himalaia, de tuk tuk em diversos lugares.

Já viajei de carro, ônibus, trem, avião, navio, barco e a pé, ainda falta viajar de nave espacial e submarino, rs.



Em minhas aventuras já me deitei ao lado dos Tigres, experimentei ter um gavião pousado no meu braço, uma cobra enrolada no pescoço. Tive medo de ser atacada por macacos irritados, por cobras, escorpiões, e ratos.

Conheci as mulheres girafa e sua tribo, ouvi sua triste história e me sensibilizei.



Amo conhecer, experimentar, descobrir. Por isso não sou cliente de agencia de turismo nem mesmo para comprar passagens, por experiência descobri que a tecnologia pode ser uma grande aliada para conseguir melhores preços para tudo. Pesquiso dias, meses e até anos quando penso em uma viagem. Leio tudo que encontro, blogs, artigos, páginas oficiais da cidade, dicas, redes sociais. Comparo, questiono e sempre que posso testo, e foi assim que passei por 37 países.


Em nossas viagens, eu e o Guima priorizamos o tempo em vez do conforto, claro que se der pra ter os dois, melhor. Preferimos gastar pouco com hotel e ter mais dinheiro para conhecer coisas. Gostamos mais de restaurante do que de hotéis, de comida de rua do que restaurantes internacionais, do que é típico ao que é universal.


Dou cabeçada, passo perrengue, as vezes grandes apuros, mas no fim tudo sempre se ajeita.

Dentro deste meu jeito de ser, eu e o Guima já passamos por muitas aventuras. Já perdi voos errando a data, as vezes horário e até local, já comprei passagem achando que estava indo para um lugar e era ara outro, já confundi portão de embarque, já viajei achando que não precisava de visto e fui surpreendida no meio do caminho, já passamos a noite dormindo no carro pra economizar hotel, já fomos roubados por taxista por eu não entender conversão da moeda local, já cai na lábia de vendedores, taxistas, motoristas, massagistas, cabeleireira, recepcionista, guia turístico e até de gerente de banco.


Muitas vezes o Guima me pergunta: "você tem certeza?" ... eita pergunta difícil esta né?!

- Tem certeza que esse é o caminho? tem certeza que é este horário? tem certeza que é este vagão? Tem certeza que é para este lado?

Em meio a estas perguntas que muitas vezes percebi meus deslizes e ops vi que não, não tinha certeza... mas no fim apesar dos sustos, alguns apuros, sempre aprendo e recebo como recompensa algumas risadas e muitas lembranças.


Vou aproveitar aqui e contar um destes episódios cômicos que guardo com muito carinho na memória. Uma vez estávamos na Grécia a caminho da Itália e atrasados para o embarque entramos correndo no imenso aeroporto Internacional de Atenas, conhecido como Elefthérios Venizélos, seguindo em direção ao portão 2, ao chegarmos lá o portão estava fechado e não havia ninguém, dai o Guima faz a pergunta clássica : "Tem certeza que é este portão?", pego o bilhete, revejo e por mais louco que possa parecer isso hoje, naquele momento respondo, "Sim, certeza, veja ", ele pega o bilhete da minha mão, ao olhar o bilhete, arregala os olhos e diz :" Ana você está doida? Nosso portão é o 11 e não o 2, estamos na Grécia e não em Roma! (A brincadeira nas palavras referia-se não a uma realidade do aeroporto de Roma mas sim a confusão que fiz entre os números e aos algarismos romanos, em vezes de enxergar o número 11 eu enxerguei o II que é o dois em algarismo romano, só para contextualizar Roma utiliza números nos portões de embarque assim como os demais aeroportos do mundo, os numerais romanos hoje são muito utilizados na história, em certos relógios, na numeração dos séculos e nas primeiras páginas de alguns livros."). Saímos correndo mais uma vez e agora com mais urgência pois estávamos bem longe do portão 11, lógico que fomos os últimos a embarcar e quando entramos no avião todos nos encararam com aquele olhar irritado com os tais passageiros atrasados que estavam perdidos dentro da área de embarque. Caímos na risada por horas porque realmente minha confusão foi ver o número II em vez de 11. A mente é uma coisa muito louca mesmo, eu vi e revi aquele bilhete várias vezes e em nenhuma das vezes consegui enxergar o número 11 até aquele momento fatídico.



Sim esta sou eu! Por vezes atrapalhada, por vezes muito organizada.


Yogini de longa data, professora, administradora e neurocientista, me divirto com estas memórias.



Acredito na vida e nas pessoas, acho que nada acontece por acaso e nossa vida é uma grande construção de nossa evolução.

Acredito no poder da ação social, no poder do estudo, do conhecimento, da prática, da devoção, da intuição, da magia, da ciência, dos rituais, do auto estudo, do amor, da cura, das estrelas, dos elementos, do sol, da lua, dos orixás, dos mitos, dos arquétipos, da vida em outros planetas, da vida após a morte, acredito no poder do agora, na cura através da meditação, na paz interior, no divino que me habita, acredito na humanidade por mais complexa que ela seja.


Me ancoro no que acredito, e meu lema é: "se funciona para você, então funciona, e é isso que importa". Sim acredito muito no poder da crença.

Para mim, o lugar onde você direciona sua atenção, se torna importante para você e sua crença no seu objeto de atenção faz com que cada micropartícula do universo se mova nesta direção.


Acredito que somos capazes de nos curar assim como somos capazes de nos fazer adoecer normalmente de forma inconsciente. Estudo incansavelmente o funcionamento da mente e reconheço que existem coisas que a ciência não consegue explicar, que esta além de nossa compreensão, e ainda assim são reais e verdadeiras.


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3 comentários


profdea
14 de dez. de 2021

Que delicado e simples seu encarar das coisas da vida, apesar das dores que elas nos provocam... Assim se faz o caminho. O importante realmente é o amor! Amo vc!

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lorarabello
14 de dez. de 2021

Tenho passado por aqui tem um tempo! Rsrs ! Amando ler seus textos, e ler historias que ouvi você contar pessoalmente nas nossas viagens de carro para retiros!

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set.producoes
09 de dez. de 2021

Ana, adorei o seu texto. Gostoso de ler.

Bjusss

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